terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Colesterol elevado X Memória


Colesterol elevado e pressão arterial em pessoas de meia idade está relacionado a problemas de memória antecipadamente.
ScienceDaily (21 de fevereiro de 2011) -, homens de meia idade e mulheres que têm problemas cardiovasculares, como colesterol elevado e pressão arterial elevada, não só pode estar em risco de doença cardíaca, mas para um risco aumentado de desenvolver a déficit de memória e de cognição. Isso é de acordo com um estudo divulgado 21 de fevereiro, que será apresentado na Academia Americana de Neurologia da 63 Reunião Anual em Honolulu 9 abril - 16 abril de 2011.
O estudo descobriu que pessoas que tinham maior risco cardiovascular foram mais propensas a ter menor função cognitiva e uma taxa mais rápida de declínio cognitivo global, comparado com aqueles com o menor risco de doença cardíaca.

"Nossos resultados contribuem para a crescente evidência do papel dos fatores de risco cardiovascular, como colesterol alto e pressão arterial, contribuindo para problemas cognitivos, a partir de meia-idade", disse o autor do estudo, Sara Kaffashian, MSc, com INSERM, o Instituto Nacional Francês de Saúde e Investigação Médica de Paris. "O estudo demonstra ainda como esses fatores de risco para doença cardíaca pode contribuir para o declínio cognitivo em um período de 10 anos."

Veja mais: http://www.sciencedaily.com/releases/2011/02/110221163047.htm

Mordida de cachorro


Limpar ferimentos é mais eficiente do que usar antibióticos

Há 1 semana minha esposa foi mordida pela Maia, uma simpática cadela, porém temperamental, que mora com minha sogra. Maia é vacinada, menos mal, pois em caso contrário haveria necessidade de imunização com vacinas anti-rábica. O mais importante de tudo é a limpeza da ferida, com bastante água e sabão, para remover bactérias, pois a boca do animal tem bactérias que são transmitidas à ferida; se não forem removidas vão se alojar e ali permanecem causando a infecção que retardará o processo de cicatrização e pode também se espalhar para outros locais.

Ainda mais sobreo o assunto

Pesquisadores fizeram uma descoberta acidental enquanto estudavam as diferenças nos tratamentos de dois tipos de antibióticos.

Os cientistas fizeram um experimento em que deram a 191 crianças um antibiótico que combate os tipos mais comuns de bactérias ou um outro tipo que combate também bactérias mais resistentes a antibióticos. Os resultados encontrados foram surpreendentes. 95% das crianças se recuperaram completamente, independentemente de qual antibiótico foi administrado. Esse fato levou à conclusão de que a limpeza correta da ferida infeccionada é o fator importante para a cura, não o uso de antibióticos.
Aaron Chen é um médico socorrista no hospital americano John Hopkins e líder da equipe de pesquisadores. Ele afirma que, quanto ao estudo, “as boas notícias são que não importou qual antibiótico nós demos, quase todas as infecções e pele sumiram completamente em uma semana. As melhores notícias são que um bom tratamento pouco tecnológico de feridas, limpando, drenando e mantendo a área infectada limpa, é o que realmente faz a diferença entre uma cura rápida e uma infecção persistente”.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

PLANOS DE SAÚDE - Está se tornando CARTEL

ANS estuda incentivos à concorrência
Referência: Valor Econômico

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) quer estimular a concorrência entre as operadoras de planos de saúde para fazer frente à tendência de concentração no setor e evitar que os consumidores fiquem sem opção. Duas medidas estão sendo analisadas nesse sentido: uma é a ampliação dos convênios já existentes com os órgãos de defesa da concorrência, outra é atender a demanda das pequenas operadoras por um programa de simplificação burocrática que reduza os custos administrativos e permita que elas ofereçam condições melhores em planos de saúde aos consumidores em relação às grandes operadoras.

Segundo a ANS, o setor de planos de saúde no país é composto por um número grande de operadoras, mais de 1.060 empresas. No entanto, metade do mercado está concentrado em 37 empresas.

Depressão: uma realidade cada vez mais presente no consultório do Cardiologista!


Os que estiveram em consulta comigo já perceberam que incluo na avaliação perguntas referentes ao estado emocional, mesmo de quem vem para uma simples avaliação de atividade física. Esta prática tem se tronado realidade em ambito geral da Cardiologia. Em uma publicação internacional temos agora isto como uma recomendação: acompanhe:

"Cardiologistas devem investigar os sinais de depressão em seus pacientes, medicá-los ou encaminhá-los a profissionais de saúde mental. Essa é a nova orientação da Associação Americana do Coração, publicada na revista "Circulation". A medida também será adotada no Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia.
A decisão vem amparada em novos estudos que mostram que pessoas que sofreram infartos ou que já foram hospitalizadas por problemas no coração têm até três vezes mais chances de desenvolver depressão do que a população em geral. No entanto, apenas metade dos cardiologistas tratam seus pacientes de depressão."

Os autores do artigo publicado na Revista "Circulation" alertam que a depressão pode piorar os prognósticos e deteriorar a qualidade de vida dos pacientes cardíacos. Os depressivos tendem a deixar de tomar medicações para o controle do risco cardiovascular e a não seguir mudanças de estilo de vida recomendadas, como dieta equilibrada e exercícios físicos.

"Penso que, ao cuidarmos da depressão, poderemos reduzir consideravelmente o sofrimento desses pacientes e melhorar o resultado dos tratamentos", afirmou Erika Froelicher, professora na Universidade da Califórnia (EUA) e uma das autoras do artigo.

Notícia poublicada no Site da Folha - Horário de verão


A notícia publicada abaixo no site da Folha não tem muita correspondência com a nossa realidade. Não precisamos de alarde. Os dados suecos são curiosos, mas à meu ver não passam da categoria de "curiosidade". No Brasil não temos relatos à este respeito porque nunca houve necessidade em função de não termos problemas relatados.

Veja o que foi publicado:

"O início e o fim do horário de verão podem ter efeitos sobre a saúde cardiovascular, de acordo com um estudo divulgado ontem pelo "New England Journal of Medicine".
Com base em registros referentes ha quase 20 anos (1987 a 2006), pesquisadores suecos descobriram que o número de ataques cardíacos aumenta na primeira semana do horário de verão --principalmente nos três primeiros dias após a mudança.
Quando o horário de verão acaba, e os relógios são atrasados em uma hora, ocorre o oposto: na segunda-feira seguinte à mudança, há menos infartos.
Acredita-se que a explicação para essa variação esteja na quantidade de sono -ao atrasar o relógio, as pessoas dormem por uma hora a mais, o que parece ter um efeito protetor para a saúde.
"

Neste blog, em publicações mais antigas, postei dicas referentes a adaptação às mudanças de horário.

Dr Rogério

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Dicas da Dra Luciene

OSTEOPOROSE: CUIDADO COM O CONSUMO EXCESSIVO DE CAFÉ!


A cafeína, substância encontrada principalmente no café, aumenta a eliminação de cálcio através da urina. O cálcio é um mineral essencial para a saúde óssea, sendo indispensável para a formação de ossos e dentes, juntamente com o fósforo e a vitamina D. A carência de cálcio acarreta diminuição no crescimento, dentes e ossos frágeis, além de doenças como o raquitismo e a osteoporose. O consumo de cafeína em quantidades excessivas (mais de 400 mL por dia ou o equivalente a duas xícaras de chá cheias de café), associado a um baixo consumo de cálcio, pode contribuir para aumentar o risco de osteoporose em idade mais avançada.
Deve-se lembrar que a cafeína não é encontrada exclusivamente no café. Pode ser encontrada, também, no chá mate, no chá preto, e nos refrigerantes. Portanto, cuidado com o consumo excessivo desses alimentos.
Se a pessoa já tem osteoporose, o consumo de cafeína deve ser o mínimo possível ou mesmo evitado.
Deve-se lembrar de não ingerir fontes de cafeína juntamente com fontes de cálcio como, por exemplo, leite com café, o que diminui a absorção do cálcio do leite. As principais fontes de cálcio são leite e derivados (queijos, iogurtes, coalhadas), peixes, feijão e hortaliças verdes escuras.
Dra. Luciene A. Negrini
Nutricionista

Dicas da Dra Luciene - Nutricionista do Consultório - LAPA

12 DICAS PARA UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL

A alimentação exerce um grande impacto em nossa saúde e bem-estar. Ao alimentar-se de forma adequada, reduz-se o risco de desenvolver doenças cardiovasculares, diabetes e câncer, além de proteger-se contra infecções, já que os nutrientes reforçam as defesas do organismo.

Para adotarmos uma dieta equilibrada, devemos seguir alguns passos:
1. Fracionar a dieta em 6 refeições diárias: Fracionar a alimentação de três em três horas faz com que se coma menos em cada refeição, pois diminui a sensação de fome, já que não haverá longos períodos de jejum. Tente fazer o desjejum (café-da-manhã), o almoço e o jantar e três pequenos lanches entre elas. Boas opções de lanche são as frutas secas, como damasco, banana, uva, maçã e abacaxi e as oleaginosas, como nozes, castanhas, pistache, amêndoa e avelã.
2. Ingerir muita água: são necessários de 1,5 a 2 litros de água por dia para garantir a hidratação adequada, melhorar o funcionamento do intestino, filtrar o sangue e desintoxicar o organismo.
3. Ingerir frutas verduras e legumes diariamente: importantes fontes de vitaminas e minerais que estimulam o sistema imunológico, protegendo contra infecções.
4. Incluir cereais integrais no cardápio: a presença diária, mesmo que pequena, de cereais como aveia, linhaça, quinua, centeio e amaranto, pode contribuir para a saciedade, auxiliar no controle dos níveis de glicose e colesterol sanguíneo, além de regularizar o trânsito intestinal.
5. Evitar líquidos durante as refeições: esse hábito dificulta a digestão, diminui a absorção de nutrientes, pode causar gases e constipação, além de dificultar o emagrecimento.
6. Reduzir o consumo de carnes gordurosas: carne vermelha e de porco são ricas em gorduras saturadas que contribuem para o aumento do colesterol sanguíneo. Prefira carnes magras como os peixes e o peito de frango e reduza o consumo das demais para até três vezes por semana.
7. Evitar frituras: preparações assadas, cozidas ou grelhadas possuem menos calorias e são mais saudáveis.
8. Preferir óleos vegetais: azeite de oliva, óleo de canola, óleo de gergelim, etc, são ricos em gorduras benéficas ao organismo e auxiliam na redução dos níveis de colesterol.
9. Reduzir o consumo de sal: o excesso de sal acarreta problemas renais e aumento da pressão arterial. Realce o sabor dos alimentos com ervas aromáticas como tomilho, orégano, alecrim, açafrão, cominho, etc.

10. Reduzir o consumo de açúcar: o alto consumo de açúcar e doces contribui para o aumento de peso e dos níveis de triglicérides sanguíneos, o que aumenta o risco de doenças cardiovasculares.

11. Reduzir o consumo de refrigerantes e bebidas alcoólicas: se não der para preparar sucos naturais, opte pelos sucos de frutas prontos ou chás gelados que são opções mais benéficas que bebidas alcoólicas e refrigerantes.

12. Fazer as refeições em local tranquilo: evite comer em frente da televisão e do computador, coma devagar e mastigue bem os alimentos. Uma boa mastigação estimula o centro da saciedade e, assim, é possível satisfazer-se com uma quantidade menor de alimentos.

Dra. Luciene A. Negrini
Nutricionista
CRN 17643

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Atenção com medicamentos em idosos.


Os dados epidemiológicos sobre o uso de medicamentos em idosos denunciam a gravidade da situação: 40% das intoxicações por efeitos adversos afetam este grupo da população.
Os idosos consomem em média cinco ou mais fármacos e correm tres a dez vezes mais riscos de complicações derivadas das reações adversas e das potenciais "interações medicamentosas".

Saindo do Sedentarismo - Dieta dos "Passos"

Para sair do sedentarismo as pessoas precisam dar ao menos 5000 passos diários. A melhor forma de se atingir esta meta é aproveitar as oportunidades da rotina diária e transformá-la na grande aliada a seu favor, como subir escadas, andar mais a pé, etc...

Para se aferir os passos há um instrumento chamado pedômetro, ou passômetro, que se parece com um relógio que mede as oscilações do corpo ao se trocar os passos e desta forma temos a noção bem aproximada da atividade do dia.

Abaixo segue a classificação proposta pelo preparador físico Dutra, que lançou um livro sobre o assunto.

Até 5 mil passos/dia: Sedentarismo

5 mil a 10 mil/dia: Ativo

10 mil a 13 mil/dia: Emagrecimento
Fonte: Dutra, R Dieta dos passos: um programa simples que pode revolucionar a sua forma física: Lua de Papel 2010



Dr Rogério Ruiz

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Saúde masculina: Gel de Testosterona


O Food and Drug Administration norte-americano (FDA) aprovou a utilização do gel de testosterona, aplicado com movimentos suaves dos dedos, diretamente na face interna e anterior da coxa, mas não nas partes superiores do corpo.

O produto, disponível no início de 2011, tem indicação para tratar o hipogonadismo – uma condição que afeta cerca de 14 milhões de homens norte-americanos.

Em nota à imprensa, o Dr. Adrian Dobs, Professor de Medicina e de Oncologia da Division of Endocrinology and Metabolism do Johns Hopkins University School of Medicine de Baltimore, em Maryland, disse que "o declínio dos níveis sanguíneos de testosterona já pode ocorrer precocemente em homens com 40 anos de idade. Os sintomas dos baixos níveis de testosterona podem ser inespecíficos e muitas vezes estão associados a outros problemas crônicos de saúde".

A aprovação do FDA se baseou nos dados de um estudo aberto, multicêntrico, de fase 3 e de 90 dias de duração (n = 149) que demonstrou que 77,5% dos homens com hipogonadismo alcançaram níveis séricos normais de testosterona (300-1140 ng/dL). As reações no local de aplicação foram os eventos adversos mais comumente relatados (16,1%).

A dose inicial recomendada é de 4 doses padronizadas (40 mg), aplicado sobre a pele limpa e seca na parte anterior ou interna das coxas uma vez ao dia pela manhã. O contato com a área genital deve ser evitado

Tal como as outras preparações tópicas de testosterona, o rótulo de segurança do produto inclui um aviso em relação ao potencial de virilização das crianças com exposição secundária à pele tratada. Devido ao risco de dano fetal, as mulheres grávidas ou em idade fértil devem evitar o contato com o local de aplicação.

Os pacientes devem ser orientados a lavar as mãos imediatamente com água e sabão após a aplicação do gel de testosterona e também para cobrir o local de aplicação com as vestes assim que o gel secar. A área tratada deve ser mantida coberta até que seja lavada e esta deve ser evitada por pelo menos duas horas.

Os pacientes com hiperplasia benigna da próstata devem ser monitorizados quanto ao agravamento de seus sinais e sintomas. Todos os pacientes devem ser rastreados para câncer de próstata no início e durante o tratamento com o gel de testosterona.

A terapia com testosterona pode diminuir os níveis glicêmicos e potencialmente alterar as necessidades de insulina dos pacientes diabéticos. Este tratamento pode também pode causar alterações na atividade daqueles em uso de anticoagulante, há necessidade de um acompanhamento mais frequente do INR e do tempo de protrombina.

O uso concomitante de corticosteróides pode aumentar a retenção de líquidos e seu uso deve ser cauteloso nos pacientes com doença renal, hepática ou cardíaca.

As formas de reposição de testosterona previamente aprovadas incluem comprimidos por via oral, pastilhas, injeção subcutânea, adesivos transdérmicos, uma solução tópica aplicada nas axilas e um gel tópico aplicado nas partes superiores do corpo.

O Dr. Dobs foi o pesquisador chefe do ensaio clínico de fase 3 Fortesta.

Anemia no Idoso


A anemia é frequente em idosos e não deve jamais ser encarada como uma resposta fisiológica ao envelhecimento, mas como um sinal de alguma doença subjacente.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, idoso é o indivíduo com mais de 65 anos de idade, e estudos têm mostrado que cerca de 10% deles apresentam anemia.

A anemia é condição que reflete deficiência de saúde e aumenta a vulnerabilidade dos idosos bem como o risco de hospitalização.

As principais causas de anemia do idoso são:

- deficiência de ferro, que pode ser devida à perda sanguínea;

- deficiência de folato e de vitamina B12, devidas tanto à má-absorção como a dieta deficiente;

- anemia de doença crônica causada por moléstias, tais como câncer, infecções ou inflamações;

- a anemia de causas mais raras.

A investigação começa com a história alimentar, hábitos e doenças pregressas, e os exames orientados por médico experiente são necessários para o diagnóstico correto.

Uma vez identificado o tipo de anemia deve-se tratar o fator que a desencadeou.

Em resumo, é importante que a anemia do indivíduo idoso seja adequadamente avaliada e tratada com vistas a oferecer-lhe melhor qualidade de vida
Fonte: Fleury

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

O que é e para que serve a Linhaça?



A linhaça é um alimento vegetal único que oferece benefícios potenciais para a saúde cardiovascular por ser fonte importante de ácido a-linolênico (ômega 3) e de lignanas, uma classe de fitoestrógenos. O teor de ácido a-linolênico na linhaça (57%) é maior do que em qualquer outra semente oleaginosa. O teor de lignana na linhaça é 800 vezes maior do que em outros 66 alimentos vegetais avaliados.

Em estudo randomizado, duplo-cego e cruzado, comprovou-se que a ingestão de bolinhos e pães contendo 38 gramas de linhaça ou sementes de girassol, por seis semanas, foi suficiente para efetuar uma redução significante de colesterol (6,9%) e LDL-c (5,5%), em 38 mulheres hipercolesterôlemicas no climatério.

Outras pesquisas clínicas serão necessárias para confirmar os benefícios cardiovasculares e os elementos fisiologicamente ativos da linhaça.

Existem dois tipos de linhaça a marrom e a dourada. A marrom é cultivada em regiões de clima quente e úmido, como o Brasil, e as douradas são plantadas em regiões frias como o norte dos Estados Unidos e o Canadá. No cultivo da linhaça marrom são utilizados agrotóxicos, enquanto a dourada é cultivada de forma orgânica, portanto, a concentração de lignanas na semente dourada é superior a encontrada na semente marrom.

Por: Departamento de Nutrição da SOCESP.

Chocolate e o Coração


Na antiga civilização Maia foi chamado de ALIMENTO dos DEUSES.

Delicioso, energético e muitos dos seus consumidores adoram serem chamados de "chocólatras", mas afinal podemos consumi-lo sem culpa na Páscoa ?

A ciencia responde SIM! Porém, OK! chocolate é bom para o coração, mas quanto?

Buscamos as explicações com a nutricionista Miriam Topein Ghorayeb e de artigos médicos da revista Lancet, de enorme impacto e credibilidade científica.

O chocolate como é apresentado hoje em dia, resulta da elaboração da fava do cacaueiro, que tem caroço e polpa branca. Na composição do chocolate temos cacau, manteiga de cacau, leite, açúcar (exceto nos chocolates dietéticos) e outros elementos que podem ser acrescidos como passas, amendoim, avelãs, amêndoas etc. O cacau contém substâncias chamadas fenóis ou flavonóides, os mesmos antioxidantes encontrados no vinho tinto.

Estudos feitos na Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, mostram que consumidores diários de 30 a 50g de chocolate com alta concentração de cacau (56 a 85%, ou seja, chocolate amargo ou extra amargo) apresentam menores índices do chamado mau colesterol (fração LDL).
No cérebro, o chocolate eleva os níveis de serotonina e feniletilamina melhorando o ânimo e disposição geral. O chocolate é uma boa fonte de energia e com alto nível calórico, dependendo da proporção da manteiga de cacau ou açúcar ou leite. Cada100g pode conter de 350 a 500 calorias e é aí que mora o pecado!

Um dos aspectos negativos do consumo de chocolate, é o de que algumas pessoas relacionam o aparecimento de acne, pedras no rim, dores de cabeça, alergias, cárie dentária e tensão pré-menstrual. Porém, as evidências científicas da relação direta do consumo e esses problemas são fracas, na verdade os hábitos de vida pouco saudáveis: alimentação rica em gordura animal (colesterol), gorduras saturadas e gordura trans, sedentarismo, diabete, obesidade abdominal, hipertensão arterial não tratada, etc. são os mais importantes fatores de risco para as doenças cardiovasculares.

O consumo moderado de chocolate hoje é aceitável, até 30 g por dia, compondo uma alimentação balanceada em calorias e nutrientes. Ultrapassar os limites, apesar dos benefícios descritos e do sabor, acaba por elevar a quantidade diária de calorias o que é indesejável, além disso, não é recomendável trocar as frutas e vegetais de uma refeição pelo chocolate.
Fonte SOCESP

Tratar mulheres deprimidas pode ajudá-las a perder peso


Para muitas mulheres obesas que enfrentam a depressão, o tratamento desse problema de saúde mental, com a melhora do humor, pode ajudar na perda de peso, segundo estudo. De acordo com especialistas americanos, diversos estudos mostram que apresentar um índice de massa corporal (IMC) de 30 ou mais - indicando obesidade - aumenta de 50% a 150% os riscos de ter depressão. Um novo estudo sugere que, de forma similar, a depressão “alimenta” a obesidade.

Os pesquisadores avaliaram mais de 200 mulheres obesas e deprimidas com idades entre 40 e 65 anos, que foram divididas em dois grupos: um cujas mulheres participavam de um programa de emagrecimento; e outro, em que as participantes foram submetidas ao tratamento da depressão junto com o programa de emagrecimento. E eles descobriram que, entre aquelas que tiveram redução de apenas meio ponto nos escores de depressão, 38% perderam pelo menos 5% de seu peso corporal em seis meses, contra apenas 21% daquelas que não tiveram mudança nos níveis de depressão.

“A maioria dos programas de perda de peso não prestam atenção suficiente na triagem e no tratamento da depressão”, destacou o pesquisador Babak Roshanaei-Moghaddam, da Universidade de Washington. De acordo com o especialista, nesses programas, é importante a inclusão de exercícios, pois, além do emagrecimento, “o aumento das atividades físicas leva à melhora da depressão, e a melhora da depressão leva ao aumento das atividades físicas". “Este estudo ressalta, ainda, a importância da triagem para depressão nesses programas, que podem levar ao bem estar físico e psicológico”, concluiu.


Conteúdo do Portal da SOCESP (31/01/2011)