quinta-feira, 29 de julho de 2010

Horas-extra e Doença Cardíaca

Pesquisadores investigaram se o trabalho excessivo é relacionado com maior risco de doenças cardíacas: este foi o estudo Overtime Work and Incident Coronary Heart Disease: The Whitehall II Prospective Cohort Study, publicado na revista European Heart Journal.
Funcionários públicos britânicos que trabalhavam em Londres, com idades entre 31 e 61 anos, trabalhavam em tempo integral, e estavam livres da doença arterial coronariana (DAC) na linha de base foram incluídos nesta análise.
Foram aplicados questionários a respeito das horas trabalhadas, nos anos de 1991 e 1994, o seguimento foi feito até 2002-2004. Um total de 4.262 homens e 1.752 mulheres foram incluídos na análise. Dentro do grupo, 54% não relataram nenhum trabalho extra, 21% relataram aproximadamente uma hora extra, 15% relataram duas horas extra, e 10% relataram 3 a 4 horas extra regulares.
Trabalhadores que relataram trabalhar horas extra regulares eram mais frequentemente do sexo masculino, casados, tabagistas, alcoolistas, e em funções mais elevadas de trabalho. Eles também relataram mais estresse psicológico. Esses trabalhadores tinham mais probabilidade de apresentar níveis mais baixos de HDL. Indivíduos que relataram trabalhar 3 a 4 horas extra tiveram um risco aumentado de morte por causa coronariana, IAM não fatal ou angina (HR 1,60; IC 95% 1,15 a 2,23), que não foi significativamente atenuado após o ajuste para fatores de risco cardiovascular (HR 1,56, IC 95% 1,11 a 2,19).
Os investigadores concluíram que as horas extra de trabalho são associadas com risco aumentado de eventos coronarianos, independentemente de fatores de risco para doença arterial coronariana.
Fonte: Eur Heart J 2010; May 11:[Epub ahead of print].

sábado, 27 de março de 2010

American College 2010 - Atlanta


Neste mes de março ocorreu mais uma edição deste tradicional Congresso Cardiológico americano.
Como novidade vale destacar que baixar os níveis de colesterol além de prevenir as doenças cardiovasculares, principalmente Infarto e AVC (derrame cerebral) também previne o envelhecimento. Estudos apontam para a preservação dos vasos como que num estado de constante renovação de suas células, assim esta renovação retarda o envelhecimento.
Novos medicamentos vem por aí, alguns ainda este ano, para o controle do diabetes e da coagulação sanguínea.
Também merece destaque o desenvolvimento de técnica cirúrgica para correção de doenças da Válva Aórtica via cateterismo, sem ter que submeter o paciente a cirurgia aberta convencional (via tórax, implicando em sua abertura cirúrgica como vinha sendo praticada).
Começamos o ano com novidades!