quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Nova Lei de Agendamentos

Cremesp alerta para 'eventuais interpretações equivocadas' sobre RN 259

Referência: Cremesp e Portal Nacional de Seguros

O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) divulgou na terça-feira (20/12) uma nota de esclarecimento sobre a Resolução Normativa (RN) 259 da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) que dispõe sobre os tempos máximos de atendimento aos usuários de planos de saúde. Segundo a nota, no Estado de São Paulo atuam aproximadamente 58 mil médicos na saúde suplementar, que prestam serviços a 560 empresas do setor, responsáveis pela cobertura de 18,2 milhões de usuários.

No comunicado, o Cremesp alerta sobre "eventuais interpretações equivocadas da Resolução da ANS, que podem gerar conflitos no momento do agendamento de consultas, exames e procedimentos, prejudicando a relação entre médicos e pacientes, transferindo indevidamente a responsabilidade para os profissionais da medicina." 

De acordo com o comunicado, a ANS e os planos de saúde não podem interferir na capacidade de atendimento dos médicos. "A disponibilidade de atendimento e o número de pacientes agendados são decisões individuais do médico, no exercício de sua autonomia profissional", enfatiza o Cremesp.

Conforme o conselho, o tempo dedicado em consultório a pacientes de planos de saúde varia conforme a jornada de trabalho, a especialidade, o procedimento médico e a complexidade do caso. "Portanto, nem sempre os pacientes de planos de saúde terão, no tempo determinado pela ANS, o atendimento com o médico de sua escolha", justifica.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Vacina para AIDS

Vacina contra Aids mostra eficácia de 90% em teste inicial
Referência: Folha de São Paulo

Um teste clínico com 24 pessoas, feito pelo Conselho Superior de Pesquisa Científica da Espanha, mostrou que uma nova vacina contra Aids causa uma resposta imunológica em 90% dos pacientes. Entre os voluntários do estudo, 85% mantiveram a resposta imunológica ao vírus por ao menos um ano. O resultado da pesquisa foi publicado nas revistas "Vaccine" e "Journal of Virology".
 Segundo os cientistas, a vacina conseguiu treinar o sistema imune a reagir contra as partículas do HIV contidas no medicamento. Mesmo assim, os pesquisadores dizem que é preciso ter cautela, porque não se sabe se essas respostas vão mesmo evitar a infecção. No futuro, a vacina deve ser testada também em pessoas infectadas. A base da vacina MVA-B é o mesmo vírus usado para erradicar a varíola e usado como modelo para outras imunizações. O "B" indica o subtipo de vírus HIV que ela combate, o mais comum na Europa e nas Américas.
Para fazer a vacina, os pesquisadores inseriram quatro genes do HIV no vírus-base. Esses fragmentos causam a resposta imunológica. Ao mesmo tempo, esses genes não conseguem se autorreplicar, o que garante que a pessoa não vai ser infectada, segundo informações do comunicado divulgado ontem pelos pesquisadores.

Trinta pessoas saudáveis participaram do teste clínico. Dessas, 24 tomaram a vacina e seis receberam placebo. O estudo foi duplo-cego (nem voluntários nem cientistas sabiam quem estava recebendo vacina ou placebo). Foram dadas três doses da imunização por injeção intramuscular. Os efeitos foram estudados por quase um ano. Mariano Esteban, pesquisador do Centro Nacional de Biotecnolgia da Espanha, afirma que, se a vacina for aprovada em testes maiores, o HIV pode, no futuro, ser algo comparável ao vírus da herpes. Seria um infecção crônica oportunista e muito menos contagiosa.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Polipílua - Brasil testa polipílula que poderá prevenir doenças cardiovasculares

Uma pílula que reúne quatro remédios para controlar a pressão arterial e o colesterol e prevenir o entupimento de vasos sanguíneos está sendo testada em diferentes países, incluindo o Brasil, para reduzir a incidência de doenças cardiovasculares.
São dois os alvos: pacientes com risco moderado que não têm bons resultados com dieta e exercícios e pessoas com risco elevado, que já tiveram infarto ou derrame.
O país já participou da primeira fase do primeiro estudo internacional com a chamada polipílula.
Os resultados, publicados em maio na revista "PLoS One", mostraram que a pílula pode diminuir em 60% o risco de infarto e derrame em pessoas com risco moderado.
Na pesquisa, esses pacientes tinham idade média de 60 anos, eram obesos e tinham pressão arterial e colesterol pouco elevados, além de outros fatores de risco.
"São pessoas que não necessitariam de medicação, mas, infelizmente, boa parte delas não consegue reduzir o risco com outras medidas", diz Otávio Berwanger, cardiologista do HCor (Hospital do Coração) e coordenador da pesquisa no Brasil.
Ao todo, 378 voluntários participaram do trabalho, que também foi feito na Índia, na Austrália, na Holanda, na Nova Zelândia e nos Estados Unidos.
A NOVA PESQUISA
A segunda fase do estudo começa em novembro, com pacientes que já tiveram infarto ou AVC e tomam os remédios separadamente.
No Brasil, a pesquisa envolverá 22 hospitais, além do HCor, e 2.000 pessoas em todas as regiões do país.
Além disso, em 2012, o país deve participar da terceira fase de uma pesquisa já iniciada na Índia, na China e no Canadá.
Dessa vez, o responsável pela pesquisa brasileira será o Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia.
O objetivo, segundo o cardiologista Álvaro Avezum, diretor da divisão de pesquisa do instituto, é testar a medicação em 2.000 pacientes de São Paulo com risco cardíaco moderado.
MEDICALIZAÇÃO
De acordo com Luiz Antonio Machado César, presidente da Socesp (Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo) e cardiologista do InCor (Instituto do Coração da USP), a ideia é simplificar e baratear o tratamento.
Berwanger lembra que, hoje, no máximo metade dos pacientes de alto risco segue o tratamento corretamente. "Se pudermos facilitar a vida do paciente, mantendo os benefícios dos remédios, com custo menor e maior adesão, será muito interessante."
Ele afirma, no entanto, que a ideia não é "medicalizar" a prevenção de quem tem risco moderado. "A adesão a dieta e exercícios é péssima, apesar de as mudanças serem fundamentais. Essas pessoas não sentem nada, mas a tendência é piorar", afirma.
"Mudar o estilo de vida da população é utopia. Do jeito que a gente montou nossas cidades e a nossa vida nos grandes centros, essa opção não existe", afirma César.
Berwanger recorda, no entanto, que não se trata da "pílula da vida eterna", e que o controle de fatores como tabagismo e obesidade, deverá ser mantido, mesmo para quem tomar a polipílula.
MARIANA VERSOLATODE SÃO PAULO -

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Polipílula demonstra bons resultados para a prevenção primária de eventos cardiovasculares

Neste Congresso Europeu de Cardiologia (Paris, agosto de 2011), foi divulgado o andamento da pesqusia com a policápsula ou polipílula.
Dr Youssef e Dr Valentim Fuster apresentaram seus resultados e  o futuro é promissor.
A possibildade de facilitar a "tomada de medicação", o baixo custo e a diminuição da ingesta de comprimidos parecem incidir diretamente na aderência dos pacientes aos tratamentos.

Cabe agora esperar o que nos reserva a briga por patentes de medicamentos.
Abaixo, Dr Valentim Fuster apresentando seus resultados.


Acompanhe abaixo o que foi publicado no Cardio Source esta semana.
Dr Rogério Ruiz


Autora: Dra. Thaís Pinheiro Lima

Revisado por: Dra. Fernanda Seligmann Feitosa

Foram publicados recentemente os resultados do primeiro estudo fase II, randomizado, duplo-cego e controlado por placebo envolvendo a polipílula. A hipótese testada foi que a medicação, usada para prevenção primária, reduziria em 50% a incidência de eventos cardiovasculares e AVC. Essa primeira fase envolveu a participação de sete países, entre eles o Brasil, com financiamento do Ministério da Saúde.

A polipílula consiste na associação de quatro componentes (AAS 75mg, lisinopril 10mg, hidroclorotiazida 12,5mg e sinvastatina 20mg), em doses fixas, num mesmo comprimido. No estudo fase II foram randomizados 378 pacientes que não apresentavam nenhuma indicação ao uso dos componentes acima descritos, mas que tinham risco de 7,5% de desenvolver doenças cardiovasculares em 5 anos, pelos critérios de Framingham. O objetivo primário foi composto por: redução da pressão arterial sistólica, redução do LDL colesterol, presença de efeitos colaterais e aderência ao tratamento no seguimento de 12 semanas.

O uso da polipílula resultou em redução de 9,9mmHg na pressão arterial sistólica e de 0,8 mmol/L no LDL colesterol. Entretanto, houve maior incidência de efeitos adversos no grupo polipílula em comparação ao grupo placebo (58% vs 42%; p=0,001). Quanto à aderência, 23% dos pacientes do grupo polipílula tiveram má aderência, em comparação com 18% do grupo placebo (RR 1,33; IC 95% 0,89 a 2,00; p=0.2). Os autores estimaram que, se o tratamento fosse continuado por longo prazo, haveria uma redução aproximada de 60% no risco de doença cardiovascular e AVC isquêmico. No entanto, isso implicaria em aumento d a incidência de sangramentos, principalmente de origem gastrointestinal, em decorrência do uso de AAS.

Em breve será iniciado um estudo fase III, envolvendo mais de 2000 pacientes em 22 hospitais brasileiros; dessa vez, entretanto, a medicação será utilizada como prevenção secundária. O uso da popipílula é bastante controverso, com vantagens e desvantagens. Os principais argumentos favoráveis são a diminuição dos custos e a otimização da aderência medicamentosa pelo paciente, com redução do risco de eventos cardiovasculares. Todavia, alguns especialistas acreditam que este conceito de polipílula irá prejudicar a boa prática médica, através da perda da individualização do tratamento e da dose ótima para cada paciente, já que muitos irão tomar medicamentos desnecessários contidos em doses fixas nestas pílulas. O que se sabe em relação a este novo conceito é que ainda há muito a ser discutido até atingirmos o equilíbrio entre os vários interesses, em benefício do paciente.

Referência: PILL Collaborative Group (2011) An International Randomised Placebo-Controlled Trial of a Four-Component Combination Pill (‘‘Polypill’’) in People with Raised Cardiovascular Risk. PLoS ONE 6(5): e19857. doi:10.1371/journal.pone.0019857.

domingo, 26 de junho de 2011

Carboidratos, proteínas ou calorias?

 

Este estudo, que foi realizado durante dois anos na Nova Zelândia, divididos pessoas obesas com diabetes tipo 2 em dois grupos:
 - um que comeu um regular baixo teor de gordura, dieta rica em carboidratos (que atuou como controle) 
 - outro grupo comeu uma baixo teor de gordura, dieta rica em proteínas.

Realizou-se medida de peso e circunferência da cintura, no início e, em seguida, aos 6, 12 e 24 meses. Também foram analisados outros fatores relacionados às complicações do diabetes, tais como resultados de hemoglobina glicosilada, pressão arterial e níveis de colesterol (que medem fatores de risco para doença coronariana).
Depois de dois anos, ambos os grupos perderam peso, reduziram sua circunferência da cintura, e baixaram sua hemoglobina glicosilada. Não houve diferença significativa entre os grupos, exceto que o padrão do perfil lipídico foi diferente durante os dois anos, mas acabou com resultados semelhantes após ao final do estudo.
Então, o que significa isso? Não importa que tipo de dieta que você prefere , é o número total de calorias que você consome o que mais importa.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Novidades do CONGRESSO AMERICANO DE DIABETES

 

Novidade do dia:

A maior parte dos pacientes diabéticos deixaram de usar medicação após a cirurgia bariátrica

83% dos pacientes com diabetes que foram submetidos a cirurgia bariátrica (bypass)  tornaram-se aptos a deixar de tomar medicação, enquanto 62% dos pacientes que se submteream a cirurgia de banda gástrica não precisaram mais de medicamentos anti-diabéticos. Estes dados foram apresentados hoje pelo Dr. Jon Gould, chefe de departamento de Perda de Peso da University of Wisconsin's.

A meu ver esta informação deve causar impacto em nossa rotina daqui pra frente.
Até a próxima novidade. Aqui o Congresso vai até terça.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

106 anos de idade, prestes a completar 107


Dna Maria Monnet, 106 anos, lúcida, ativa e SAUDÁVEL!!!
Segredo: "cuido da pressão" -  diz ela.

Já a acompanho há 12 anos. Há 1 ano fui chamado para atendê-la em sua casa porque estava muito mal. Fiquei preocupado e logo parti em direção a sua residência. Ao chegar lá ela me relata: "estou um pouco indisposta". Acho que é gripe. E era mesmo!!!!

Hoje aproveitei para me consultar com ela.

domingo, 1 de maio de 2011

Hipertensão atinge mais mulheres do que homens, diz governo

Possível indutora de infartos e derrames, a pressão alta já atinge quase um quarto dos brasileiros.
O dado, divulgado ontem, é de pesquisa feita por telefone pelo Ministério da Saúde, com adultos das 27 capitais.
O pesquisador perguntava ao entrevistado se ele já havia sido diagnosticado com hipertensão. Responderam afirmativamente 23,3%. Mas o percentual de pessoas que têm a doença pode ser maior ainda, porque parte da da população não faz exames regulares de pressão. Segundo Marcus Malachias, presidente do departamento de hipertensão da Sociedade Brasileira de Cardiologia, dados das sociedades de cardiologia, hipertensão e nefrologia colhidos em 2010 apontam que 30% dos brasileiros têm pressão alta. A diferença para os números do Ministério da Saúde, afirma, se deve à metodologia. "A entrevista por telefone só se refere a quem sabe que tem a doença."
Na pesquisa do governo, o problema foi mais comum entre as mulheres, principalmente na faixa dos 50 anos. Uma das causas pode ser a menopausa, afirma Maria Cláudia Irigoyen, presidente da Sociedade Brasileira de Hipertensão. Ela explica que o hormônio estrógeno, cuja produção cai na menopausa, dá uma "proteção natural" contra aumento de pressão.
Por isso, diz, a mulher deve se esforçar mais para manter o peso, praticar exercícios e reduzir o consumo de sal. Outra explicação para o grande número de mulheres diagnosticadas com hipertensão é que elas vão mais ao médico do que os homens. "In loco, vemos que há mais homens com hipertensão", diz Malachias, da sociedade de cardiologia.

Troca de Válvula Cardíaca - Novidades

Pesquisadores da PUC do Paraná desenvolveram uma técnica para diminuir o risco de rejeição em transplantes de válvulas cardíacas.
Essas cirurgias são necessárias quando há alguma doença que prejudica o bombeamento do sangue, levando à insuficiência do órgão.
Hoje, para corrigir a falha, são usadas peças de metal ou feitas de tecido animal (de porco ou de boi).
Na nova técnica, são implantadas válvulas de doadores humanos mortos, processadas em uma solução que retira as células e deixa apenas fibras de colágeno e fibras elásticas.
Esse enxerto é muito mais seguro e dura mais tempo, diz o cirurgião Francisco Diniz da Costa, da PUC-PR. "Quem coloca uma válvula de metal precisa tomar medicamento anticoagulante pelo resto da vida. Em dez anos, 25% dos pacientes têm alguma complicação."
As próteses de animais perdem a função com o tempo. Isso leva a novas operações.
A técnica já foi aplicada em 200 pacientes da Santa Casa de Curitiba. O acompanhamento de 41 deles, por cinco anos, rendeu um artigo publicado no "Annals of Thoracic Surgery".
No estudo, os autores concluem que os resultados iniciais são promissores, mas que é necessário mais tempo de acompanhamento.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Faculdade de Medicina ABC procura candidatos para estudo sobre enxaqueca

A Faculdade de Medicina do ABC, em Santo André (Grande SP), abriu vagas para interessados em participar de um estudo sobre enxaqueca. O objetivo da pesquisa é avaliar a eficácia da melatonina no tratamento preventivo da doença.
Os interessados devem ter entre 18 e 59 anos. Eles devem ter dores de cabeça há no mínimo três meses, com episódios de pelos menos duas vezes ao mês, e não estar em tratamento com outros medicamentos para prevenir a enxaqueca.
As consultas e a medicação serão gratuitas.
Para participar é preciso comparecer ao Ambulatório de Especialidades no Anexo 2 da faculdade, na avenida Príncipe de Gales, número 821, e agendar avaliação.
Os candidatos devem levar RG, CPF e cartão do SUS. O atendimento é realizado de segunda a sexta, das 7h às 17h.
Mais informações nos telefones (11) 6448-2184 ou (11) 4993-5458

Tratar Hipertensão, Colesterol, e Circulação previne contra o mal de Alzheimer

Idosos que sofrem de problemas cognitivos e de leve falta de memória podem ter menor propensão para contrair Alzheimer caso recebam tratamentos médicos para estados clínicos como diabetes, pressão alta e colesterol alto, apontou um novo estudo.
Em 2004, pesquisadores do Daping Hospital, em Chongqing, na China, começaram a acompanhar 837 residentes com idades a partir de 55 anos que sofriam de deficiência cognitiva leve (MCI, na sigla em inglês), mas não de demência.
Deles, 414 apresentavam pelo menos um estado clínico que debilitaria a passagem do fluxo sanguíneo para o cérebro.
Depois de cinco anos, 298 participantes haviam desenvolvido Alzheimer. Indivíduos que haviam tido pressão alta ou outros problemas vasculares no início do estudo tiveram duas vezes mais probabilidade de desenvolver demência, em comparação àqueles que não corriam qualquer tipo de risco, constataram os pesquisadores. Metade dos indivíduos que apresentavam riscos vasculares teve o Alzheimer evoluído, em comparação a apenas 36% dos que não apresentavam.
Entre aqueles que sofriam de problemas vasculares, os que receberam tratamento tiveram uma propensão quase 40% menor a desenvolver Alzheimer do que aqueles que não estavam no mesmo estado clínico, relatou o estudo. Os pesquisadores sugeriram que os fatores de risco vascular podem afetar o metabolismo da placa beta-amiloide, que se acumula nos cérebros dos pacientes com Alzheimer e parece desempenhar um papel fundamental na doença.
O estudo foi publicado no jornal "Neurology" na semana passada

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Saúde da Mulher: Novos Anticoncepcionais ainda merecem avaliação.

Mulheres que tomam anticoncepcionais de última geração têm duas vezes mais risco de ter trombose do que aquelas que tomam pílulas mais antigas, vendida desde a década de 1970.

A conclusão é de dois estudos, publicados na quinta-feira, feitos com 1,2 milhão de mulheres de 15 a 44 anos.
De acordo com especialistas, é consenso que pílulas causam alterações na circulação sanguínea. Mas, dependendo do tipo de hormônio e da dosagem, esses efeitos podem ser maiores.
Segundo a pesquisa, as fórmulas com drospirenona, um derivado da progesterona, trazem mais risco do que as com levonorgestrel, outro derivado do hormônio.
O levantamento foi feito por pesquisadores americanos e neozelandeses usando bases de dados dos Estados Unidos e do Reino Unido.
Para o cirurgião vascular Nelson Wolosker, do Hospital Israelita Albert Einstein, o interessante da pesquisa é que foram excluídas todas as pacientes que tinham algum fator de risco para trombose, como histórico familiar, obesidade e tabagismo.

Isso quer dizer que mesmo mulheres saudáveis podem ter complicações, ainda que a probabilidade seja baixa. No estudo, foram registrados 30,8 casos de trombose por 100 mil mulheres que tomaram drospirenona e 12,5 casos por 100 mil que usaram levonorgestrel.
"Diante dos resultados, talvez seja melhor usar a pílula antiga", diz Wolosker.


COMPLICAÇÕES
Quem tem algum fator de risco deve evitar qualquer contraceptivo hormonal e partir para os não hormonais, como o DIU (dispositivo intra-uterino).
"Os hormônios fazem com que as plaquetas coagulem mais facilmente na presença de um estímulo", diz Antonio Mansur, cardiologista do Hospital das Clínicas de SP.
A trombose causa inchaço, dor e, se o coágulo se desprender, pode levar à embolia pulmonar.
Segundo o ginecologista Claudio Bonduki, da Unifesp, a pesquisa só reforça a importância de um exame clínico antes de a mulher começar a tomar anticoncepcional.
"Há várias fórmulas. Cada hormônio tem suas vantagens e desvantagens. É preciso analisar o histórico.
Fonte: Folha de SPaulo 25/4/2011

Isso remete para o fato de que toda mulher deve submeter-se a avaliação de risco cardiovascular antes de ingressar na terapia com hormônios, seja para anticoncepção ou na reposição.
Dr Rogério Ruiz

segunda-feira, 18 de abril de 2011

TOC, epilepsia, e doenças mentais ainda sao confusão para religião?

Assistam na TV dia 19/04, as 22:15h na RIT tv, canal 12 da NET, também no sky canal 6, no UHF canal 40 e canal 1140 na parabólica.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Curiosodade do Congresso: prescrição de medicamento , troca na farmácia e seus efeitos.

Uma pesquisa curiosa foi apresentada.
O pesquisador se propôs a telefonar para pacientes que usavam um medicamento, cujo nome químico é Metoprolol. Ocorre que há no mercado 2 apresentações. Uma delas deve ser tomada 2x/dia, e outra é de liberação lenta e deve ser tomada 1x/dia.
O resultado mostrou que grande parte toma o medicamento de forma errada. Mais alarmante ainda: muitos destes o fazem porque recebera tal orientação para fazê-lo.
Outra importante causa está no balcão da farmácia, onde o balconista ofereceu troca da medicação por razões que vão desde preço a ter disponibilidade de outro produto como substituto para a medicação prescrita.
Este medicamento pode ser usado para arritimias, hipertensão, insuficiencia cardíaca e doença  coronariana. Imagine as consequencias.

Cuidado com troca de medicação no balcão da farmácia!
Não exite em confirmar sua prescrição, em caso de dúvida. Omaior interessado é você.

Congresso; alternativas ao Clopidogrel? Ainda é cedo.

Foi apresentado ontem no Congresso do American College of Cardiology, em Nova Orleans, um subestudo do ensaio clínico PLATO que avaliou  o impacto do tratamento com ticagrelor em relação ao clopidogrel em um subgrupo de pacientes idosos (>75 anos) com síndrome coronária aguda. O estudo demonstrou que, a despeito do risco aumentado de complicações na população de idosos, o seu benefício foi similar ao observado nos pacientes mais novos e na população global do estudo.

Minha opinião pessoal: o estudo como dado positivo mostrou boa segurança, tal qual a referencia atual, o clopidogrel.
Não se mostrou superior, porém tão seguro quanto. VEja o poster, publicad oficialmente no congresso. Não pode, mas fotografei! Contou pra mim, eu conto mesmo!
É mais uma opção comercial, o que pode resultar em queda de preços. Vamos aguardar.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Destaques de hoje do Congresso vão desde a yoga até a cirugia cardíaca.

Yoga como terapia na prevenção de arritmia (fibrilação atrial)
A prática de Yoga promove diminuição dos episódios paroxísticos de FA, das queixas de palpitações, de ansiedade, depressão, e melhora a qualidade de vida dos pacientes com FAP.
A fibrilação atrial, arritmia mais comum na população global, tem importante peso tanto para pacientes quanto para o sistema de saúde. A sua prevenção e tratamento envolvem um grande arsenal terapêutico, que abrange terapia comportamental, medicamentosa (antiarrítmicos e anticoagulantes), e invasiva (ablação por cateter). Apesar de todas essas ferramentas, entretanto, o controle dos episódios de FA e dos seus sintomas ainda é difícil, com grande porcentagem de recorrências. Neste sentido, o estudo apresentado no ACC_11 é importantíssimo, já que atua não só no controle dos episódios de FAP, mas também de palpitações, da qualidade de vida e da ansiedade e depressão, que podem servir como fatores desencadeantes da arritmia. A prática de yoga a partir de hoje pode ser recomendada, com evidência cientifica, como uma estratégia acessível, não-invasiva, segura e efetiva para a prevenção de FA paroxística


Sents: qual o melhor? Farmacológico ou convencional?
O stent farmacológico apresentou eficácia superior ao stent convencional no tratamento das lesões de enxerto de veia safena, principalmente devido à redução na taxa de revascularização da lesão alvo.

Cateterismo: melhor pelo braço ou pela perna?
O acesso arterial radial demonstrou sucesso angiográfico similar ao obtido pelo acesso femoral, sem diferença de desfechos primários ou secundários, mas com perfil de segurança vascular melhor.


Prótese aórtica implantada via cateterismo mostrou-se segura em idosos
O que pode substituir a necessidade de cirurgia aberta. A população está ¨envelhevcendo¨ mais e consequentemente mais casos de degeneração da válvula aórtica tem surgido. O tratamento via cateterismo foi tão seguro quanto a cirurgia.

Colesterol HDL (bom) baixo em crianças. A Dra Elizabeth Jackson afirmou que “a doença cardiovascular tem fatores precoces que podem ajudar a identificar os jovens e adolescentes com risco maior de desenvolver problemas cardiovasculares”.

Os níveis séricos de HDL estão inversamente associados com o risco de doença cardiovascular em adultos devido a um efeito anti-inflamatório, antiaterogênico e antitrombótico dessa fração do colesterol. Estudos clássicos demonstraram que a aterogênese se inicia precocemente, ainda na infância, porém não avaliaram se há relação entre o início precoce e a prevalência do HDL baixo em crianças e adolescentes.Na população de crianças em fase escolar, há uma alta prevalência de indivíduos HDL baixo e este fator associa-se ao sedentarismo, excesso de peso, aumento dos níveis de triglicérides e aumento dos níveis pressóricos. O HDL, desta forma, parece ser um bom exame de detecção de indivíduos com aumento de fatores de risco cardiovasculares.

Colesterol alto e resistente a estatinas - novidade a vista!

Em pacientes com hipercolesterolemia e alto risco cardiovascular, o novo agente mipomersen administrado como suplemento na terapia levou a reduções no LDL-colesterol, com base nos resultados de um, estudo em fase final apresentado nas sessões científicas de hoje aqui no Congresso Ameriano.

"Em pacientes de alto risco refratárias à terapia com estatina máxima tolerada, a adição de mipomersen reduziu significativamente o LDL (colesterol ruim) e outros lipídios e lipoproteínas aterogênicas," disse o Dr. William C. Cromwell  do Instituto Cardiovascular Presbiteriano em Charlotte, NC.

Mipomersen é o primeiro de uma nova classe de agentes denominados inibidores da apolipoproteína B (apoB) síntese. No estudo, a droga foi administrada por via subcutânea uma vez por semana. Entre seus efeitos colaterais foram reações no local da injecção, aumento da alanina aminotransferase (ALT), e esteatose.

O efeito da droga no subgrupo diabético foi melhor percebido.
Dr. Cromwell observou que a droga tinha um efeito mais pronunciado nas mulheres e em pacientes com idade acima da mediana. No entanto, em homens e em pessoas mais novas os efeitos ainda eram estatisticamente e clinicamente significativos.

Aproximadamente um terço dos pacientes apresentou um aumento de esteatose, definida como gordura no fígado.
Dr. Patrick Moriarty, um especialista de lipídios que é professor assistente de medicina na Universidade de Kansas, Kansas City, comentou: "Nós tratamos muitos pacientes refratários, e posso dizer-lhe que um medicamento dessa classe é muito necessária neste paciente população."

O fato de que os pacientes alcancem reduções bons de LDL-C em cima da terapia com estatina é muito encorajador, disse ele, acrescentando que "A droga não é para todos os pacientes, mas pode preencher a necessidade de um tratamento eficaz em um pequeno subconjunto".

Na opinião do Dr Moriaty, o fato de ser injetável não será uma barreira para a aceitação. "Pode ser um problema para alguns pacientes e médicos, mas os pacientes podem fazer-se estas injecções, assim como pacientes com diabetes fazer¨.
O estudo foi patrocinado por Isis Pharmaceuticals e Genzyme Corporation, laboratório não conhecido no Brasil, mas se o medicamento emplacar, seguramente haverá parceria com alguma multinacional que o trará para nós.

domingo, 3 de abril de 2011

Hipertensão do Avental Branco - Assunto deste domingo no American College

A hipertensão do avental branco (Síndrome do Jaleco Branco) é uma situação que pode causar confusão em consultório. Afinal, o paciente é hipertenso, ou está sob efeito do ¨jaleco branco¨? Uma apresentação de hoje correlacionou a Sy Jaleco Branco à pressão de pulso, uma nova descoberta que pode ajudar os médicos a tomarem melhores decisões clínicas.

O efeito do avental branco é a pressão arterial (PA), medida por um profissional de saúde em um ambiente médico e tende a ser elevada em comparação com a PA aferida pelo próprio paciente em casa. O efeito é bem documentado e reflete os resultados da ansiedade e do estresse.

"Apesar de estudos anteriores demonstraram que a pressão arterial sistólica elevada está relacionado com a Síndrome do Jaleco Branco, este é o primeiro estudo a examinar se a pressão de pulso pode ajudar a hipertensão do avental branco separado de hipertensão verdade", relatou Youngkeun Ahn, da National University Hospital, que conduziu o estudo.

Uma boa opção frente ao MAPA, exame que recorremos comumente, mas que os pacientes não gostam de se submeter, pois ficam 24h com aparelho de PA em seu braço.

Foi sugerido que talvez não se deva medicar tais pacientes, mas particularmente sigo medicando, pois ninguém me convence que se a pressão se eleva frente ao médico ou consultório, também se elevará frente a situações que provoquem ansiedade e estresse.

American College 2011

NOVA ORLEANS - 02 de abril de 2011 - Regular exercícios aeróbicos pode voltar o relógio do coração, de acordo com um dos primeiros estudos apresentados aqui no congresso americano. Há evidência de alterações reversíveis na massa ventricular esquerda demonstradas pelos investigadores que fizeram seus relatados aqui hoje em conferência de imprensa no American College of Cardiology (ACC) 60 ª Sessão Anual Científica.
"O envelhecimento provoca a atrofia do coração, mas o exercício regular pode reverter isso ", disse Paul Bhella, diretor do ecocardiologia no Hospital John Peter Smith Fort Worth, e professor adjunto da medicina na University of Texas Southwestern, em Dallas.

"A principal descoberta do nosso trabalho é que à medida que envelhecemos, perdemos massa muscular, e em contraste, se pratica exercícios físicos regulares, estamos a construir a função e prevenir a insuficiência cardíaca. Esta é uma descoberta importante para o envelhecimento da população, "disse o Dr. Bhella. O estudo é "boa notícia" para os médicos e "lembrá-los dos benefícios do exercício físico
 
Saindo mais novidades eu conto mesmo!!!

segunda-feira, 28 de março de 2011

Exame de sangue poderá prever risco de diabetes até 10 anos antes do aparecimento dos primeiros sinais


Pesquisadores do Massachusetts General Hospital fizeram a medição de cinco tipos de aminoácidos no sangue de 2422 voluntários. E, segundo os responsáveis pelo estudo, o teste indicou corretamente os pacientes que, por apresentarem níveis mais elevados desses compostos, acabaram desenvolvendo o diabetes a longo prazo. A pesquisa, publicada no periódico americano Nature Medicine, poderá dar origem a um novo exame, que permitirá detectar o risco de sofrer com o diabetes tipo 2 até 10 anos antes da manifestação dos primeiros sintomas. Leia notícia na íntegra: http://www.sciencedaily.com/releases/2011/03/110320164238.htm

Alteração de Horários do Consultório de 31/03 - 07/04




Esta semana iniciará mais uma sessão do American College of Cardiology. A representatividade dos cardiologistas brasileiros tem sido notada. Tenho o prazer de participar desta sociedade há 5 anos.

Em função desta atividade, o consultório estará com o atendimento em horários normais à partir do dia 08/04.

Neste ínterim, os contatos podem ser mantidos via e-mail (hdhomedoctor@ajato.com.br) e as atualizações diárias das novidades serão postadas neste blog.




segunda-feira, 21 de março de 2011

dia 7/04

A coordenação da Comissão Nacional de Saúde Suplementar, integrada pela AMB, CFM e Fenam, divulgou a seguinte mensagem à classe médica: “No próximo dia 7 de abril, quinta-feira, contamos com sua participação no Dia Nacional de Paralisação do Atendimento aos Planos de Saúde. Vamos, juntos, protestar contra os baixos honorários médicos e os abusos praticados pelos planos e seguros saúde. Pedimos a suspensão de todas as consultas e procedimentos eletivos de pacientes de planos de saúde, com agendamento para data oportuna. Os atendimentos de urgência e emergência devem ser mantidos. Divulgue o movimento junto aos seus colegas de trabalho, de especialidade e da região. Conheça e divulgue a Carta Aberta à População, para esclarecimento aos pacientes sobre o propósito da nossa manifestação. Mais informações estão disponíveis nos sites:
www.amb.org.br;
www.portalmedico.org.br
www.fenam.org.br

Surto de Conjuntivite


Aumento da longevidade! Influência do declínio da Mortalidade por Doenças Cardíacas



Publicado esta semana(veja também no site do UOL Notícias)

A expectativa de vida na Europa está aumentando, apesar da epidemia da obesidade, segundo um estudo de tendências realizado ao longo dos últimos 40 anos. A pesquisa ainda destacou que as pessoas do Reino Unido vivem mais do que os norte-americanos.

Em um relatório publicado no "International Journal of Epidemiology", o especialista em saúde da população David Leon, da London School of Hygiene and Tropical Medicine, disse que os resultados contrariam a preocupação de que o crescimento da expectativa de vida pode estar perto do fim nos países ricos, por conta dos problemas de saúde causados pelos níveis de obesidade generalizada.

Eles também sugerem que simples fatores, como a riqueza de uma nação e quanto ela gasta em cuidados de saúde, não são necessariamente relacionados ao tempo de vida do seu povo.

Apesar de gastar mais com saúde do que qualquer outro país do mundo, a expectativa de vida nos Estados Unidos está no mesmo nível que a menor de qualquer país da Europa Ocidental --homens em Portugal e mulheres na Dinamarca, por exemplo-- e a taxa de longevidade entre as mulheres está aumentando a um ritmo muito mais lento do que na Europa Ocidental.

Em 2007, a expectativa de vida nos Estados Unidos foi de 78 anos, em comparação a 80 no Reino Unido, observou Leon.

"Esta simples observação mostra que o PIB e as despesas de saúde per capita não são bons indicadores da saúde da população nos países de alta renda", escreveu ele.

DECLÍNIO NA MORTALIDADE POR DOENÇAS CARDÍACAS

O relatório disse que uma das contribuições mais importantes para a tendência foi o declínio das mortes por doenças cardíacas.

As doenças cardiovasculares, que podem levar a ataques cardíacos, derrames e outros eventos fatais, são a principal causa de morte no mundo, matando cerca de 17,1 milhões de pessoas por ano, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde).

O relatório de Leon diz que as mortes por doença cardíaca no Reino Unido tiveram uma das maiores e mais rápidas quedas em comparação a qualquer país da Europa Ocidental, "em parte devido às melhorias dos tratamentos, assim como a redução do tabagismo e outros fatores de risco".

sexta-feira, 11 de março de 2011

Angioplastia e implante de Stent coronáriano

Esta é uma das alternativas para o tratamento da Insuficiência Coronariana. Através do cateterismo, um balão é insuflado provocando uma dilatação no local da obstrução, condensando a placa obstrutiva, conforme se vê no vídeo. Em seguida, uma malha cilíndrica é inserida e fixada através de uma nova insulflação do balão. Assim, a malha permite um remodelamento do diâmetro da artéria no ponto previamente obstruído.

É assim que funciona!!!

quinta-feira, 10 de março de 2011

Cirugia Bariátrica e Função Cardíaca


Autor: Dr. Bruno Paolino
Referência: Owan et al. Cardiovascular Remodeling With Weight Loss. JACC 2011; 57 (6):732–9.

Resumo: O estudo avaliou o remodelamento cardíaco em pacientes submetidos à cirurgia bariátrica, em comparação a obesos mórbidos sem a cirurgia. O estudo mostrou que houve redução significativa no índice de massa ventricular esquerda e no tamanho do ventrículo direito, além de aumento da fração de encurtamento da parede do ventrículo esquerdo,melhorando a função cardíaca.

Introdução: A obesidade está associada a hipertrofia ventricular esquerda e o aumento dos diâmetros do átrio e ventrículo esquerdos, o que leva ao aumento do risco de desenvolvimento de insuficiência cardíaca, fibrilação atrial e morte cardiovascular. Neste sentido, a cirurgia bariátrica pode ter relação com o remodelamento reverso nestes pacientes, mas os estudos publicados na literatura tem relativamente poucos pacientes estudados e um seguimento médio menor que 1 ano.


Foram avaliados 423 pacientes obesos mórbidos submetidos à cirurgia bariátrica, que foram comparados com outros 733 pacientes que não realizaram a cirurgia, apesar de existir a indicação. Foram realizados ecocardiograma, teste ergométrico e polissonografia antes do procedimento cirúrgico, que foram repetidos após 2 anos de seguimento.

Após o acompanhamento de 2 anos, os pacientes do grupo cirurgia bariátrica tiveram uma redução significativa do índice de massa corpórea , circunferência abdominal, pressão arterial sistólica, frequencia cardíaca, triglicerídeos, apneia do sono, resistência à insulina e colesterol-LDL, em comparação com o que não foi submetido a cirurgia. Tambem houve aumento do colesterol-HDL. Entre os parâmetros ecocardiográficos, os pacientes do grupo cirurgia bariátrica obteve diminuição significativa no tamanho do ventrículo direito, no índice de massa e nas espessuras do septo e da parede posterior do ventrículo esquerdo, em relação aos pacientes que não se submeteram à cirurgia. Não houve mudança significativa no tamanho do átrio esquerdo no grupo tratamento, mas houve aumento deste parâmetro no grupo controle. Em relação à fração de ejeção, não foi observada mudança evolutiva dos valores em nenhum os grupos, mas foi demonstrado aumento comparativo da fração de encurtamento da parede do ventrículo esquerdo no grupo tratamento. Na análise multivariada, a mudança do índice de massa corporal – e não a cirurgia – foi associada à melhora do índice de massa ventricular esquerda.

Conclusão: A perda de peso significativa dos pacientes submetidos à cirurgia bariátrica se associa ao remodelamento reverso e à melhora da função miocárdica.

O trabalho levanta uma ampla gama de hipóteses, que podem – e devem – ser exploradas em estudos futuros. De qualquer forma, a cirurgia bariátrica pode ser, também, um valioso e significativo meio para a redução do peso e controle de diversos fatores de risco de doenças cardiovasculares.

Como funciona o Hidrogel - ainda em testes

quarta-feira, 9 de março de 2011

Capsulas de Higrogel - nova arma contra obesidade


Depois da polêmica envolvendo a proibição da sibutramina e anfetamínicos, agora surge uma nova publicação americana que logo chegará às nossas mídias e seguramente será um novo modismo. Se trará resultados ou não, ainda não se sabe. Assim, como os seus antecessores, o alarde é sempre grande.
Como se trata de novidade, eu conto!!!
Um novo hidrogel, facilmente absorvido pelo aparelho digestivo e tomado sob a forma de cápsulas, induz a sensação de saciedade, além de ser bem tolerado em indivíduos com peso normal, sobrepeso e obesidade, dizem pesquisadores de Boston (Estados Unidos).O estudo foi apresentado no American Association of Clinical Endocrinologists Meeting.

Os pacientes que tomaram este novo composto, chamado de Attiva, sentiram-se significativamente mais saciados após as refeições, quando comparados com indivíduos que tomaram cápsulas contendo placebo."Durante anos, um dos objetivos mais importantes no tratamento da obesidade tem sido o desenvolvimento de tratamentos efetivos, sem efeitos colaterais significativos e menos invasivos que as opções atuais", disse o Dr. Hassan Heshmati, inventor do produto.

O Attiva é altamente absorvível. É um hidrogel biodegradável feito a partir de "componentes alimentares". As pequenas partículas esféricas que compõem o Attiva incham dentro do estômago, causando uma sensação de saciedade pouco depois de ser ingerido com um copo de água.

Fonte: www.queroviverbem.com.br

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Colesterol elevado X Memória


Colesterol elevado e pressão arterial em pessoas de meia idade está relacionado a problemas de memória antecipadamente.
ScienceDaily (21 de fevereiro de 2011) -, homens de meia idade e mulheres que têm problemas cardiovasculares, como colesterol elevado e pressão arterial elevada, não só pode estar em risco de doença cardíaca, mas para um risco aumentado de desenvolver a déficit de memória e de cognição. Isso é de acordo com um estudo divulgado 21 de fevereiro, que será apresentado na Academia Americana de Neurologia da 63 Reunião Anual em Honolulu 9 abril - 16 abril de 2011.
O estudo descobriu que pessoas que tinham maior risco cardiovascular foram mais propensas a ter menor função cognitiva e uma taxa mais rápida de declínio cognitivo global, comparado com aqueles com o menor risco de doença cardíaca.

"Nossos resultados contribuem para a crescente evidência do papel dos fatores de risco cardiovascular, como colesterol alto e pressão arterial, contribuindo para problemas cognitivos, a partir de meia-idade", disse o autor do estudo, Sara Kaffashian, MSc, com INSERM, o Instituto Nacional Francês de Saúde e Investigação Médica de Paris. "O estudo demonstra ainda como esses fatores de risco para doença cardíaca pode contribuir para o declínio cognitivo em um período de 10 anos."

Veja mais: http://www.sciencedaily.com/releases/2011/02/110221163047.htm

Mordida de cachorro


Limpar ferimentos é mais eficiente do que usar antibióticos

Há 1 semana minha esposa foi mordida pela Maia, uma simpática cadela, porém temperamental, que mora com minha sogra. Maia é vacinada, menos mal, pois em caso contrário haveria necessidade de imunização com vacinas anti-rábica. O mais importante de tudo é a limpeza da ferida, com bastante água e sabão, para remover bactérias, pois a boca do animal tem bactérias que são transmitidas à ferida; se não forem removidas vão se alojar e ali permanecem causando a infecção que retardará o processo de cicatrização e pode também se espalhar para outros locais.

Ainda mais sobreo o assunto

Pesquisadores fizeram uma descoberta acidental enquanto estudavam as diferenças nos tratamentos de dois tipos de antibióticos.

Os cientistas fizeram um experimento em que deram a 191 crianças um antibiótico que combate os tipos mais comuns de bactérias ou um outro tipo que combate também bactérias mais resistentes a antibióticos. Os resultados encontrados foram surpreendentes. 95% das crianças se recuperaram completamente, independentemente de qual antibiótico foi administrado. Esse fato levou à conclusão de que a limpeza correta da ferida infeccionada é o fator importante para a cura, não o uso de antibióticos.
Aaron Chen é um médico socorrista no hospital americano John Hopkins e líder da equipe de pesquisadores. Ele afirma que, quanto ao estudo, “as boas notícias são que não importou qual antibiótico nós demos, quase todas as infecções e pele sumiram completamente em uma semana. As melhores notícias são que um bom tratamento pouco tecnológico de feridas, limpando, drenando e mantendo a área infectada limpa, é o que realmente faz a diferença entre uma cura rápida e uma infecção persistente”.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

PLANOS DE SAÚDE - Está se tornando CARTEL

ANS estuda incentivos à concorrência
Referência: Valor Econômico

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) quer estimular a concorrência entre as operadoras de planos de saúde para fazer frente à tendência de concentração no setor e evitar que os consumidores fiquem sem opção. Duas medidas estão sendo analisadas nesse sentido: uma é a ampliação dos convênios já existentes com os órgãos de defesa da concorrência, outra é atender a demanda das pequenas operadoras por um programa de simplificação burocrática que reduza os custos administrativos e permita que elas ofereçam condições melhores em planos de saúde aos consumidores em relação às grandes operadoras.

Segundo a ANS, o setor de planos de saúde no país é composto por um número grande de operadoras, mais de 1.060 empresas. No entanto, metade do mercado está concentrado em 37 empresas.

Depressão: uma realidade cada vez mais presente no consultório do Cardiologista!


Os que estiveram em consulta comigo já perceberam que incluo na avaliação perguntas referentes ao estado emocional, mesmo de quem vem para uma simples avaliação de atividade física. Esta prática tem se tronado realidade em ambito geral da Cardiologia. Em uma publicação internacional temos agora isto como uma recomendação: acompanhe:

"Cardiologistas devem investigar os sinais de depressão em seus pacientes, medicá-los ou encaminhá-los a profissionais de saúde mental. Essa é a nova orientação da Associação Americana do Coração, publicada na revista "Circulation". A medida também será adotada no Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia.
A decisão vem amparada em novos estudos que mostram que pessoas que sofreram infartos ou que já foram hospitalizadas por problemas no coração têm até três vezes mais chances de desenvolver depressão do que a população em geral. No entanto, apenas metade dos cardiologistas tratam seus pacientes de depressão."

Os autores do artigo publicado na Revista "Circulation" alertam que a depressão pode piorar os prognósticos e deteriorar a qualidade de vida dos pacientes cardíacos. Os depressivos tendem a deixar de tomar medicações para o controle do risco cardiovascular e a não seguir mudanças de estilo de vida recomendadas, como dieta equilibrada e exercícios físicos.

"Penso que, ao cuidarmos da depressão, poderemos reduzir consideravelmente o sofrimento desses pacientes e melhorar o resultado dos tratamentos", afirmou Erika Froelicher, professora na Universidade da Califórnia (EUA) e uma das autoras do artigo.

Notícia poublicada no Site da Folha - Horário de verão


A notícia publicada abaixo no site da Folha não tem muita correspondência com a nossa realidade. Não precisamos de alarde. Os dados suecos são curiosos, mas à meu ver não passam da categoria de "curiosidade". No Brasil não temos relatos à este respeito porque nunca houve necessidade em função de não termos problemas relatados.

Veja o que foi publicado:

"O início e o fim do horário de verão podem ter efeitos sobre a saúde cardiovascular, de acordo com um estudo divulgado ontem pelo "New England Journal of Medicine".
Com base em registros referentes ha quase 20 anos (1987 a 2006), pesquisadores suecos descobriram que o número de ataques cardíacos aumenta na primeira semana do horário de verão --principalmente nos três primeiros dias após a mudança.
Quando o horário de verão acaba, e os relógios são atrasados em uma hora, ocorre o oposto: na segunda-feira seguinte à mudança, há menos infartos.
Acredita-se que a explicação para essa variação esteja na quantidade de sono -ao atrasar o relógio, as pessoas dormem por uma hora a mais, o que parece ter um efeito protetor para a saúde.
"

Neste blog, em publicações mais antigas, postei dicas referentes a adaptação às mudanças de horário.

Dr Rogério

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Dicas da Dra Luciene

OSTEOPOROSE: CUIDADO COM O CONSUMO EXCESSIVO DE CAFÉ!


A cafeína, substância encontrada principalmente no café, aumenta a eliminação de cálcio através da urina. O cálcio é um mineral essencial para a saúde óssea, sendo indispensável para a formação de ossos e dentes, juntamente com o fósforo e a vitamina D. A carência de cálcio acarreta diminuição no crescimento, dentes e ossos frágeis, além de doenças como o raquitismo e a osteoporose. O consumo de cafeína em quantidades excessivas (mais de 400 mL por dia ou o equivalente a duas xícaras de chá cheias de café), associado a um baixo consumo de cálcio, pode contribuir para aumentar o risco de osteoporose em idade mais avançada.
Deve-se lembrar que a cafeína não é encontrada exclusivamente no café. Pode ser encontrada, também, no chá mate, no chá preto, e nos refrigerantes. Portanto, cuidado com o consumo excessivo desses alimentos.
Se a pessoa já tem osteoporose, o consumo de cafeína deve ser o mínimo possível ou mesmo evitado.
Deve-se lembrar de não ingerir fontes de cafeína juntamente com fontes de cálcio como, por exemplo, leite com café, o que diminui a absorção do cálcio do leite. As principais fontes de cálcio são leite e derivados (queijos, iogurtes, coalhadas), peixes, feijão e hortaliças verdes escuras.
Dra. Luciene A. Negrini
Nutricionista

Dicas da Dra Luciene - Nutricionista do Consultório - LAPA

12 DICAS PARA UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL

A alimentação exerce um grande impacto em nossa saúde e bem-estar. Ao alimentar-se de forma adequada, reduz-se o risco de desenvolver doenças cardiovasculares, diabetes e câncer, além de proteger-se contra infecções, já que os nutrientes reforçam as defesas do organismo.

Para adotarmos uma dieta equilibrada, devemos seguir alguns passos:
1. Fracionar a dieta em 6 refeições diárias: Fracionar a alimentação de três em três horas faz com que se coma menos em cada refeição, pois diminui a sensação de fome, já que não haverá longos períodos de jejum. Tente fazer o desjejum (café-da-manhã), o almoço e o jantar e três pequenos lanches entre elas. Boas opções de lanche são as frutas secas, como damasco, banana, uva, maçã e abacaxi e as oleaginosas, como nozes, castanhas, pistache, amêndoa e avelã.
2. Ingerir muita água: são necessários de 1,5 a 2 litros de água por dia para garantir a hidratação adequada, melhorar o funcionamento do intestino, filtrar o sangue e desintoxicar o organismo.
3. Ingerir frutas verduras e legumes diariamente: importantes fontes de vitaminas e minerais que estimulam o sistema imunológico, protegendo contra infecções.
4. Incluir cereais integrais no cardápio: a presença diária, mesmo que pequena, de cereais como aveia, linhaça, quinua, centeio e amaranto, pode contribuir para a saciedade, auxiliar no controle dos níveis de glicose e colesterol sanguíneo, além de regularizar o trânsito intestinal.
5. Evitar líquidos durante as refeições: esse hábito dificulta a digestão, diminui a absorção de nutrientes, pode causar gases e constipação, além de dificultar o emagrecimento.
6. Reduzir o consumo de carnes gordurosas: carne vermelha e de porco são ricas em gorduras saturadas que contribuem para o aumento do colesterol sanguíneo. Prefira carnes magras como os peixes e o peito de frango e reduza o consumo das demais para até três vezes por semana.
7. Evitar frituras: preparações assadas, cozidas ou grelhadas possuem menos calorias e são mais saudáveis.
8. Preferir óleos vegetais: azeite de oliva, óleo de canola, óleo de gergelim, etc, são ricos em gorduras benéficas ao organismo e auxiliam na redução dos níveis de colesterol.
9. Reduzir o consumo de sal: o excesso de sal acarreta problemas renais e aumento da pressão arterial. Realce o sabor dos alimentos com ervas aromáticas como tomilho, orégano, alecrim, açafrão, cominho, etc.

10. Reduzir o consumo de açúcar: o alto consumo de açúcar e doces contribui para o aumento de peso e dos níveis de triglicérides sanguíneos, o que aumenta o risco de doenças cardiovasculares.

11. Reduzir o consumo de refrigerantes e bebidas alcoólicas: se não der para preparar sucos naturais, opte pelos sucos de frutas prontos ou chás gelados que são opções mais benéficas que bebidas alcoólicas e refrigerantes.

12. Fazer as refeições em local tranquilo: evite comer em frente da televisão e do computador, coma devagar e mastigue bem os alimentos. Uma boa mastigação estimula o centro da saciedade e, assim, é possível satisfazer-se com uma quantidade menor de alimentos.

Dra. Luciene A. Negrini
Nutricionista
CRN 17643

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Atenção com medicamentos em idosos.


Os dados epidemiológicos sobre o uso de medicamentos em idosos denunciam a gravidade da situação: 40% das intoxicações por efeitos adversos afetam este grupo da população.
Os idosos consomem em média cinco ou mais fármacos e correm tres a dez vezes mais riscos de complicações derivadas das reações adversas e das potenciais "interações medicamentosas".

Saindo do Sedentarismo - Dieta dos "Passos"

Para sair do sedentarismo as pessoas precisam dar ao menos 5000 passos diários. A melhor forma de se atingir esta meta é aproveitar as oportunidades da rotina diária e transformá-la na grande aliada a seu favor, como subir escadas, andar mais a pé, etc...

Para se aferir os passos há um instrumento chamado pedômetro, ou passômetro, que se parece com um relógio que mede as oscilações do corpo ao se trocar os passos e desta forma temos a noção bem aproximada da atividade do dia.

Abaixo segue a classificação proposta pelo preparador físico Dutra, que lançou um livro sobre o assunto.

Até 5 mil passos/dia: Sedentarismo

5 mil a 10 mil/dia: Ativo

10 mil a 13 mil/dia: Emagrecimento
Fonte: Dutra, R Dieta dos passos: um programa simples que pode revolucionar a sua forma física: Lua de Papel 2010



Dr Rogério Ruiz

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Saúde masculina: Gel de Testosterona


O Food and Drug Administration norte-americano (FDA) aprovou a utilização do gel de testosterona, aplicado com movimentos suaves dos dedos, diretamente na face interna e anterior da coxa, mas não nas partes superiores do corpo.

O produto, disponível no início de 2011, tem indicação para tratar o hipogonadismo – uma condição que afeta cerca de 14 milhões de homens norte-americanos.

Em nota à imprensa, o Dr. Adrian Dobs, Professor de Medicina e de Oncologia da Division of Endocrinology and Metabolism do Johns Hopkins University School of Medicine de Baltimore, em Maryland, disse que "o declínio dos níveis sanguíneos de testosterona já pode ocorrer precocemente em homens com 40 anos de idade. Os sintomas dos baixos níveis de testosterona podem ser inespecíficos e muitas vezes estão associados a outros problemas crônicos de saúde".

A aprovação do FDA se baseou nos dados de um estudo aberto, multicêntrico, de fase 3 e de 90 dias de duração (n = 149) que demonstrou que 77,5% dos homens com hipogonadismo alcançaram níveis séricos normais de testosterona (300-1140 ng/dL). As reações no local de aplicação foram os eventos adversos mais comumente relatados (16,1%).

A dose inicial recomendada é de 4 doses padronizadas (40 mg), aplicado sobre a pele limpa e seca na parte anterior ou interna das coxas uma vez ao dia pela manhã. O contato com a área genital deve ser evitado

Tal como as outras preparações tópicas de testosterona, o rótulo de segurança do produto inclui um aviso em relação ao potencial de virilização das crianças com exposição secundária à pele tratada. Devido ao risco de dano fetal, as mulheres grávidas ou em idade fértil devem evitar o contato com o local de aplicação.

Os pacientes devem ser orientados a lavar as mãos imediatamente com água e sabão após a aplicação do gel de testosterona e também para cobrir o local de aplicação com as vestes assim que o gel secar. A área tratada deve ser mantida coberta até que seja lavada e esta deve ser evitada por pelo menos duas horas.

Os pacientes com hiperplasia benigna da próstata devem ser monitorizados quanto ao agravamento de seus sinais e sintomas. Todos os pacientes devem ser rastreados para câncer de próstata no início e durante o tratamento com o gel de testosterona.

A terapia com testosterona pode diminuir os níveis glicêmicos e potencialmente alterar as necessidades de insulina dos pacientes diabéticos. Este tratamento pode também pode causar alterações na atividade daqueles em uso de anticoagulante, há necessidade de um acompanhamento mais frequente do INR e do tempo de protrombina.

O uso concomitante de corticosteróides pode aumentar a retenção de líquidos e seu uso deve ser cauteloso nos pacientes com doença renal, hepática ou cardíaca.

As formas de reposição de testosterona previamente aprovadas incluem comprimidos por via oral, pastilhas, injeção subcutânea, adesivos transdérmicos, uma solução tópica aplicada nas axilas e um gel tópico aplicado nas partes superiores do corpo.

O Dr. Dobs foi o pesquisador chefe do ensaio clínico de fase 3 Fortesta.

Anemia no Idoso


A anemia é frequente em idosos e não deve jamais ser encarada como uma resposta fisiológica ao envelhecimento, mas como um sinal de alguma doença subjacente.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, idoso é o indivíduo com mais de 65 anos de idade, e estudos têm mostrado que cerca de 10% deles apresentam anemia.

A anemia é condição que reflete deficiência de saúde e aumenta a vulnerabilidade dos idosos bem como o risco de hospitalização.

As principais causas de anemia do idoso são:

- deficiência de ferro, que pode ser devida à perda sanguínea;

- deficiência de folato e de vitamina B12, devidas tanto à má-absorção como a dieta deficiente;

- anemia de doença crônica causada por moléstias, tais como câncer, infecções ou inflamações;

- a anemia de causas mais raras.

A investigação começa com a história alimentar, hábitos e doenças pregressas, e os exames orientados por médico experiente são necessários para o diagnóstico correto.

Uma vez identificado o tipo de anemia deve-se tratar o fator que a desencadeou.

Em resumo, é importante que a anemia do indivíduo idoso seja adequadamente avaliada e tratada com vistas a oferecer-lhe melhor qualidade de vida
Fonte: Fleury

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

O que é e para que serve a Linhaça?



A linhaça é um alimento vegetal único que oferece benefícios potenciais para a saúde cardiovascular por ser fonte importante de ácido a-linolênico (ômega 3) e de lignanas, uma classe de fitoestrógenos. O teor de ácido a-linolênico na linhaça (57%) é maior do que em qualquer outra semente oleaginosa. O teor de lignana na linhaça é 800 vezes maior do que em outros 66 alimentos vegetais avaliados.

Em estudo randomizado, duplo-cego e cruzado, comprovou-se que a ingestão de bolinhos e pães contendo 38 gramas de linhaça ou sementes de girassol, por seis semanas, foi suficiente para efetuar uma redução significante de colesterol (6,9%) e LDL-c (5,5%), em 38 mulheres hipercolesterôlemicas no climatério.

Outras pesquisas clínicas serão necessárias para confirmar os benefícios cardiovasculares e os elementos fisiologicamente ativos da linhaça.

Existem dois tipos de linhaça a marrom e a dourada. A marrom é cultivada em regiões de clima quente e úmido, como o Brasil, e as douradas são plantadas em regiões frias como o norte dos Estados Unidos e o Canadá. No cultivo da linhaça marrom são utilizados agrotóxicos, enquanto a dourada é cultivada de forma orgânica, portanto, a concentração de lignanas na semente dourada é superior a encontrada na semente marrom.

Por: Departamento de Nutrição da SOCESP.