quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Coração Partido - Síndrome de Takotsubo




A síndrome de Takotsubo, ou síndrome do coração partido, ou comprometimento cardíaco induzido por estresse, ou cardiomiopatia neurogênica, é definida como disfunção transitória e de uma região da musculatura cardíaca, sem que se tenha as coronárias obstruídas. É como se o indivíduo tivesse sido acometido por um infarto, mas sem as coronárias obstruídas como a causa desta situação.

Predomina em mulheres (até 95% dos casos), principalmente na pós-menopausa (com idade média entre 60 e 80 anos), sendo que, em menos de 3%, ocorre em pacientes com idade inferior a 50 anos. Informações do American Heart Association (2006), nos Estados Unidos, há cerca de 7.000 a 14.000 casos/ano.

Foi descrita por Satoh e col em 1990, no Japão. O nome takotsubo se origina de tako: polvo e tsubo: panela de barro. É um vaso-armadilha para capturar polvo, com base redonda e pescoço estreito.

Cerca de 90% dos pacientes apresentam sintomas do infaro: dor troáxica e falta de ar, sendo também comum a presença de desmaios, palpitações, insuficiência cardíaca (até 20% dos casos), edema agudo de pulmão e/ou choque cardiogênico, que se verifica mais raramente.

Os fatores desencadeantes são:
estresse emocional: briga, separação, apresentação em público, prova;
estresse físico: doenças, exames (colonoscopia), cirurgias, injúria cerebral aguda, sépsis;
desastres naturais: tremores de terra, guerra.

Claro que nem todas as pessoas que passam por tais situações desenvolvem a síndrome.

Há critérios clínicos que estabelecem se de fato há a doença ou não e estes são dados por exames que avaliam a função cardíaca. Dentre eles é importante a constatação que não haja obstruções nas artérias coronárias.



O ecocardiograma é o método mais importante para o diagnóstico.

O tratamento proposto visa aliviar a sobrecarga cardíaca. Medicamentos são utilizados para tal.

O prognóstico é bom, a recuperação completa da função ventricular ocorre em até oito semanas, com mortalidade hospitalar de 1%, sendo que a recorrência ocorre em menos de 10% dos pacientes.

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